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Eu e o Dani gostamos muito de animais, de todos eles. Quer tornar um passeio mais legal para nós? É só dizer que vamos encontrar com algum animal pelo caminho. Já nos animamos e a experiência com certeza será o nosso ponto alto do dia.

Como gostamos muito, a tentação de tentar passar a mão é muito grande e a frustração quando não passamos, maior ainda. No geral nos aproximamos bem devagarzinho e avaliamos a receptividade do bichinho. Se ele não está afim de contato, respeitamos e nos afastamos, mas quando ele não mostra resistência, ahhhh aproveitamos para enche-lo de carinho e afagos rs.

Esses dias fomos visitar o Parque Nacional Lauca, que fica no norte do Chile, a 4.500 metros de altitude. Essa é uma região de muitos animais selvagens, como vicunas, lhamas, flamingos, dentre outros. Quando já estávamos quase chegando, eu e o Dani nos sentimos muito mal com a falta de oxigênio e não teve jeito: tivemos que tomar dramim para aliviar o enjoo e voltar.

Na volta estávamos muito sonolentos por conta do remédio, mas já não nos sentíamos mais mal, porque a altitude já tinha diminuído um pouco. Assim, quando o Cris parou o carro para fotografar uma paisagem e três lhamas curiosas se aproximaram dele, eu saí do meu estado letárgico e fui lá dar uma olhadinha nas lhamas. Uma delas era bem mansa e começou a vasculhar o fundo do nosso carro à procura de algo que quisesse comer. As outras duas ficaram um pouco mais distantes e só se aproximaram depois, exatamente na hora que o Dani criou forças para também sair do carro e ver as lhamas.

Ele se animou um pouquinho e estava todo feliz e sorridente, mesmo em seu estado de sonolência, porque as lhamas estavam pertinho da gente. Estávamos de mãos dadas se divertindo e tentando dar repolho para elas quando, de repente, ele começou a chorar e eu não entendi nada.

Tudo aconteceu muito rápido e os meus reflexos estavam muito lentos por causo do remédio para enjoo. Uma das lhamas se aproximou dele e o mordeu na cabeça! Como assim? Sempre ouvi falar que lhama cospe, mas morder foi inédito para mim. Se o Cris não tivesse visto a cena, acho que não ia acreditar. Tive que colocar a lhama para correr, ela realmente não tinha ido com a cara dele e queria atacar de novo. Que dó, ele chorou tanto. Não ficou nenhuma marca, acho que foi mais o susto mesmo e a tristeza de ter sido mordido pelo animal que ele só queria dar amor e carinho.

Só sei que depois desse dia nossa tese para se aproximar dos animais caiu por terra. Essa lhama se aproximou tão mansinha, estava pedindo um carinho. Como íamos imaginar: bonitinha, mas morde rs!

Natany Gomes

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