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Estamos viajando a mais de 6 meses e já no segundo mês o Cris cismou que queria uma vara de pescar. Lembro na ocasião que achei o investimento bem caro, mas pensei na quantidade de peixes que iríamos comer pelo caminho e acabei concordando.

Pescar sempre me pareceu algo relativamente fácil, era só colocar uma comidinha na ponta da vara e ter paciência de esperar um peixe morder a isca. Já na hora da compra da vara descobri que não é bem assim e, inclusive, nem se pesca mais com a minhoca, mas uma falsa isca que fica girando e dá a falsa impressão para o peixe de que é um inseto se movendo.

Mesmo assim, quando compramos essa vara eu idealizei a cena do Cris voltando de algum lago ou mar carregando um peixe na mão, todo orgulhoso dizendo que tinha garantido nosso almoço do dia. E, sinceramente, eu achava que essa cena se repetiria muitas e muitas vezes e sempre comeríamos peixe pescado por nós mesmos.

O Dani, por sua vez, ficou muito empolgado com a ideia de pescar. Nunca pensei que era algo que ele fosse gostar tanto e acabou tornou sua missão procurar os lugares ideais para a pescaria. É quase uma obsessão e às vezes ele chega até a nos irritar, pois todo e qualquer fiozinho de água ele já nos questiona se tem peixe ali e se pode pescar.

O problema é que a Lei de Murphy atuou forte no caso rsrsrs. Até o dia em que compramos a vara, para todo lado que nos virávamos tinha um bom lugar para pescar e víamos outras pessoas pescando com sucesso. Depois que estávamos com a nossa vara, nunca mais achamos um lugar legal e todas as poucas tentativas que o Cris fez não deram em nada. Ou seja, até hoje não pegamos um peixinho sequer! Diz o Cris que em uma de suas tentativas, o peixe fisgou e quando ele estava puxando, o peixe se soltou (confesso que essa conversa está com cara de história de pescador, embora ele jure de pé junto que aconteceu de verdade rsrsrs)

Quando fomos para o Canadá, encontramos uma vara de pescar infantil e o Dani ficou louco para comprarmos uma. Achamos a ideia legal, pois ele poderia pescar com o Cris e realmente curtir a atividade pescando sozinho. O problema é que continuamos passando por lugares onde não é possível pescar e a insistência do Dani só aumentou agora que ele tem sua própria vara. Temos que lidar com frases dramáticas, como: _eu nunca pesquei na minha vida!

Assim, de tanto insistir, separamos o primeiro dia que chegamos na Suécia para os dois tentarem pescar. Paramos num camping na beira da praia e o Cris começou a preparar as duas varas. Era bonito de ver pai e filho fazendo aquilo juntos, e a empolgação do Dani era contagiante. Eu fui para a praia um pouco antes e quando eles chegaram lá, o Dani ostentava sua vara, todo orgulhoso!

Eu fiquei num banco olhando a praia e escrevendo um pouco enquanto os dois foram se aventurar no mar. Não demorou meia hora e eles voltaram, frustrados. Parece que a praia tinha muitas pedras e algas e tornava a pescaria muito difícil. Não foi dessa vez, de novo, que eu ia comer um peixinho pescado pelo Cris ou o Dani (que me garantiu que ia pescar primeiro que o pai rs). Já tinha dito para eles que o almoço seria purê de batatas, legumes e peixe, mas tivemos que nos contentar só com o purê de batatas com legumes hehehe. Será que um dia sai um peixe?

Natany Gomes

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