Andrades pelo Mundo

Veja como é viajar pelo mundo em um carro com a família Andrade

Participe desse projeto

Veja como patrocinar e participar dessa aventura

Causos da Estrada

Busca no Site

Não é incomum estarmos dirigindo por minutos em silêncio (já que o Dani não fica muito tempo sem falar rs) quando alguém, geralmente o Cris, rompe esse silêncio para dizer que está com vontade de comer alguma coisa. Claro que essa coisa geralmente só tem no Brasil ou, se tem em outros lugares, nunca é por onde estamos passando.

Eu sempre digo que o Cris é o homem das vontades. Mesmo coisas que quase nunca falávamos ou comíamos em casa, como por exemplo coxinha, ele já sentiu vontade de comer na viagem. Segundo ele, toda semana ele comia pelo menos uma coxinha no serviço. Olha aí os segredos que descobrimos depois de 11 anos de casados rs!

Esses dias, enfim, matamos essa vontade. Quando ficamos na casa de uma família brasileira em Ottawa mencionamos o desejo por coxinha e, para a alegria do Cris, tinha sido aniversário de um dos filhos do casal aquela semana e tinha um pacotinho de coxinha feita em casa na geladeira, só esperando para ser fritada. Pensa na alegria de uma pessoa!!! Vamos ver agora quanto tempo vai durar até ele falar da coxinha novamente rsrsrs.

Mas, além da coxinha, existem outros itens que temos sentido muita falta pelo caminho, pois faziam parte do nosso dia a dia.

Liderando a lista está o pão de queijo. Até encontramos no Equador um projeto de pão de queijo, mas era apenas uma vaga lembrança. Comemos um bem gostoso, bem caseiro, na casa da família que nos recebeu em Ottawa. Aliás, fomos muito mimados lá, comemos várias coisas que estávamos sentindo falta. Obrigada de coração, amigos! Acho que o Cris vai me dar folga por algum tempo sem falar que está com muita vontade de alguma coisa hehehe.

O segundo item é salgadinho fandangos. É difícil de acreditar, mas não existe fandangos em nenhum outro país da América do Sul e nem no Canadá. Só encontramos batata frita e cheetos. Por que será, né? Ele era o salgadinho preferido na nossa casa.

O terceiro item é farofa. É inacreditável que não façam farofa pelo mundo afora. Tem dias que só queremos comer um bom arroz, feijão, ovo frito e farofa, mas não vendem nem a farinha de mandioca e muito menos a farofa pronta. Ahhhh que saudade!

Outro item que sentimos falta foi a bisnaguinha. Só encontramos esse tipo de pão na Colômbia e mesmo assim o sabor era bem diferente da bisnaguinha que estamos acostumados a comer no Brasil. Quando o Dani viu o pacote de bisnaguinha no mercado ficou numa alegria tão grande que queria abraçar o pacote e acabou amassando as pobres bisnagas rsrs.

Aliás, um dos nossos passeios preferidos quando mudamos de país é ir ao mercado. Sem pressa, passando por todos os corredores para ver o que tem de diferente naquele país. Às vezes nos perdemos por horas na sessão de frutas e legumes vendo os itens diferentes e tentando decorar seus nomes. É legal também comparar as diferenças entre países. No Chile, por exemplo, não se vende suco de uva, nem mesmo importado. Na Colômbia a margarina fica exposta no mercado fora da geladeira, no Peru encontramos a boa e velha rapadura em todos os mercados como a primeira opção para adoçar coisas e no Equador encontramos um pote de leite condensado que era uma mini versão, apenas para fazer um brigadeiro de colher. Em todos esses mercados não achamos pão francês do jeito que conhecemos no Brasil. Só fomos comê-lo de novo quando chegamos no Canadá.

Também sentimos falta de sequilho. O Dani adora esse biscoitinho e sempre fala dele. Nós tínhamos costume de mandar sequilho no seu lanche da escola e ele sempre nos pergunta se não tem nos mercados por onde passamos, mas nunca encontramos nenhum biscoito parecido. Bolachas, de um modo geral, não são o forte nesses países que visitamos na América do Sul. Sempre encontramos poucas opções e geralmente de bolacha wafer. Recheada mesmo só Oreo. Nenhuma bolacha parecida com a Trakinas de morango, por exemplo (melhor assim, menos tentação para administrar rsrs).

Em relação à chocolate, sempre encontramos alguma opção da Nestlé em cada país e até Galak encontramos no Equador uma vez. Mas existe um específico que sentimos falta: o bom e velho Bis. Eu gosto do tradicional, é verdade, mas o de limão é o meu preferido e não encontramos nenhum chocolate com limão durante todos esses meses. Confesso que senti falta do Bis.

Sempre falávamos nesses itens que sentíamos falta, até que um casal de amigos do Brasil disse que ia nos visitar em Cartagena. Não pensamos duas vezes: vamos fazer umas encomendas! O que não contávamos é que esses amigos iam trazer o supermercado inteiro para nós. Eles trouxeram uma mala grande cheia com massa de pão de queijo, bis, sequilho, farofa, tapioca e fandangos. Na primeira semana nos esbaldamos comendo todas essas coisas, até enjoar. Que delícia!!! Depois passamos a comer como pessoas mais normais hehehe.

Foi um duplo presente receber esses amigos: matamos a saudade que estávamos de ficar com eles, que para nós são como irmãos, e de quebra comemos todas as nossas guloseimas preferidas do Brasil. Foi uma semana muito gostosa e engordativa rs. Agora chega de vontades por um tempinho, né?

Natany Gomes

Submit to FacebookSubmit to Twitter