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Eu nunca tinha ouvido falar da Cordilheira Blanca, no Peru, até que começamos a viagem e ouvimos outros viajantes falando sobre a experiência de conhecê-la. Decidimos, então, conhecê-la também, e não nos arrependemos. Aliás, fomos embora tristes e com gostinho de quero mais. Certamente é um destino para voltarmos no futuro, quando o Dani for maior e puder fazer trilhas mais pesadas.

A Cordilheira Blanca nada mais do que uma subcordilheira dos Andes, no Peru, e recebe esse nome porque seus picos vivem nevados. A cidade usada como base para explorá-la é Huaraz, a 3.100 metros de altitude, e o parque onde se encontra é o Parque Nacional Huascaran.

Ficamos num lugar muito tranquilo chamado Yakumma Hotel Camping. Trata-se de um hostel e restaurante no final de semana, com um gramado bem verde onde é possível acampar por 30 soles por noite. O lugar era muito bonito e bem cuidado, com vários animais que fizeram a alegria do Dani nos dias que por ali ficamos.

No primeiro dia em Huaraz fomos conhecer o Nevado Pastoruri e o GPS nos mandou por um caminho que era muito ruim e cruzávamos o tempo todo com caminhões. Toda vez que passávamos por eles, tínhamos a impressão de que os motoristas estavam rindo de nós e não sorrindo para nós, mas depois achamos que era coisa da nossa cabeça.

Depois de quase 2 horas sacolejando por estradas terríveis descobrimos que eles estavam realmente rindo de nós e o porquê. O GPS nos mandou por um caminho que acabava numa mina e de lá não poderíamos seguir para o Nevado Pastoruri sem ser por dentro dessa mina. Resultado: acabamos num beco sem saída e tivemos que dar meia volta sem conhecer o Nevado Pastoruri. Depois que fizemos todo o caminho de volta já tinha ficado tarde para pegar a estrada certa que levava ao Nevado e acabamos desistindo de conhecê-lo.

No fundo não ficamos tão tristes, pois o caminho até a mina era espetacularmente lindo e aproveitamos bastante o dia. Não chegamos onde tínhamos imaginado, mas estivemos em contato com a natureza e com paisagens incríveis que nos deixaram muito felizes. Poderíamos ter optado por visitar o Nevado no dia seguinte, mas estávamos com os dias contados em Huaraz e optamos por seguir com os outros lugares que nos programamos para visitar. Se você for por conta própria, todo cuidado é pouco com o GPS. Vale a pena se informar melhor na cidade qual o melhor caminho para chegar ao Nevado Pastoruri.

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No segundo dia fomos conhecer as ruínas de Chavin. Na verdade as ruínas foram um mero detalhe no passeio, mais uma vez o caminho foi o protagonista da história rs. Paramos em um lago muito bonito ainda bem longe de Chavin onde o Dani teve a oportunidade de pegar uma ovelhinha no colo e tirar foto com ela. Depois, mais a frente no caminho, aproveitamos uma fonte de água para lavar a nossa louça que estava suja e depois fomos fazendo múltiplas paradas para apreciar o caminho e tirar fotos. Chavin fica num vale, cercada por altas montanhas. É uma paisagem imponente. Numa dessas paradas para apreciar a paisagem e fotografar, somente o Cris saiu do carro. Daqui a pouco o Dani comenta que tem cachorros por ali. Quando vou olhar, uns 5 cachorros estão correndo raivosamente em direção ao Cris e ele nem tinha percebido. Abri a porta do carro e o avisei sobre os cachorros. Foi até que engraçado ver seu desespero correndo de volta para o carro rs.

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Em Chavin existe mais uma ruína, das muitas que temos oportunidade de visitar no Peru. Pagamos 10 soles por pessoa para conhecê-la e como a internet estava funcionando muito bem, entramos num blog em que a menina explicava cada detalhe da ruína, e assim não foi preciso pagar guia para nos explicar o que estávamos vendo. Foi uma economia bem vinda.

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No terceiro dia em Huaraz fomos conhecer a lagoa Llanganuco. Ela fica dentro do Parque Nacional Huascaran e tivemos que pagar a entrada de 10 soles por pessoa. A lagoa é muito linda e exige esforço zero para ser visitada. Está a 3.800 metros de altitude e não chega a causar mal estar se já estiver um pouco mais aclimatado. É possível passear de barquinho dentro da lagoa por 5 soles por pessoa e é permitido pescar também. O Cris aproveitou uma horinha na parte da tarde, depois que já tínhamos passeado pelo parque para tentar garantir o almoço do fim de semana, mas não teve muita sorte rs. Esse homem precisa urgente pegar um peixe, pois está ficando cada dia mais chateado com isso rs. Fomos embora com o tempo ruim e com cara de que ia começar uma tempestade. Quando chegamos na cidade, lá embaixo, estava muito sol e calor, mas olhávamos para a montanha e víamos as nuvens.

Já foi um passeio lindo mesmo com o tempo nublado e pequenos episódios de sol. Fico imaginando que com muito sol o azul do lago deve ficar tão forte a ponto de ofuscar a vista.

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No dia seguinte íamos conhecer a Laguna 69, que é a paisagem mais admirada e mencionada por todos que visitam a Cordilheira Blanca. À noite quando fomos ler um pouco mais sobre ela, descobrimos que para alcançá-la era necessário fazer uma caminhada a mais de 4.000 metros de altitude. Percebemos que não ia rolar. Se para mim e para o Cris já seria bem difícil, por conta da aclimatação, imagina fazer o Dani caminhar muitas horas nessa altitude, sem condições. Para nós, esse passeio teve que ficar para uma próxima, quem sabe com o Dani maior.

Existiam outras opções de passeios e trekkings pela região e para quem tiver mais tempo, existem atividades para 5 ou 6 dias facilmente. É importante, apenas, levar em consideração que todos os passeios são muito cansativos, pois são distantes, tem que acordar muito cedo, pegar estradas ruins ou caminhar muito na altitude. Mas uma vez no lugar, todas essas questões são facilmente esquecidas, pois a paisagem beira o surreal.

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Natany Gomes

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