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Câmbio: 1 Sol Peruano = 0,98 Real

Fomos para a cidade de Paracas com a intenção de fazer o passeio de barco para as Ilhas Balestas, mas quando chegamos, um pouco antes das 11hs, já não tinha mais passeios para aquele dia, pois os horários tradicionais de saída para as Ilhas Balestas são 8 e 10 horas da manhã.

A moça da agência nos falou que estava tentando fechar um grupo para sair na parte da tarde, mas achamos que não valia a pena ficar esperando sem nenhuma garantia de que se formaria um grupo e compramos o passeio para o dia seguinte mesmo, às 8 horas da manhã.

Como teríamos um dia inteiro livre em Paracas começamos a estudar as possibilidades do que fazer. Vimos nessa agência o mapa da Reserva Nacional de Paracas com algumas fotos de praias muito bonitas e a simpática moça que nos atendeu disse que, já que estávamos de carro, poderíamos explorar facilmente a Reserva por conta própria. Mal sabíamos o que nos esperava e ficamos muito felizes de ter chegado mais tarde e perdido o passeio para Balestas aquele dia, pois a Reserva foi uma linda surpresa para nós.

A Reserva Nacional de Paracas foi criada em 1975 e compreende grandes áreas de deserto, uma enorme riqueza biológica marinha e alguns sítios arqueológicos da antiga cultura Paracas.

A entrada da Reserva custava 10 soles por pessoa (R$ 10,00 reais) e existia a opção de pagar 15 soles e no dia seguinte para fazer o passeio para as Islas Balestas apenas mais 5 soles de taxas portuárias. Se não tivéssemos feito dessa forma, seriam 10 soles na entrada da Reserva e mais 15 soles de taxas portuárias. Economizamos 5 soles. Aqui fica a dica para questionar o guarda na entrada da Reserva, pois ele não fala sobre essa opção, ficamos sabendo pela moça que nos atendeu na agência. Percebemos que ele ficou surpreso quando falamos dessa opção dos 15 soles.

Dentro da Reserva as distâncias são grandes e realmente é necessário um meio de transporte para se locomover. Vimos um corajoso casal de bicicleta, e digo corajoso porque fazia um sol de derreter os miolos rs. Fora eles, todos os demais turistas com quem cruzamos ou estavam num grupo de turismo ou em carro próprio.

Nossa primeira parada foi um pouco à frente do mirante de La Catedral. Fomos um pouco mais na estrada e depois saímos dela e fomos de carro até bem próximo da beirada das falésias para admirar a paisagem. Um espetáculo da natureza!

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De lá vimos onde ficava o Mirante de La Catedral e voltamos para ele. Nesse mirante é possível observar uma formação rochosa dentro do mar muito bonita. O funcionário que cuidava daquele mirante nos mostrou na foto como ela era diferente, mas em 2007    aconteceu um terremoto e parte deLa Catedral desmoronou. Segundo ele, o que permaneceu não é mais muito firme e pode ser que com o tempo deixe de existir também.

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Desse mirante, seguimos para uma praia bem próxima, mas ao chegar lá achamos o mar muito agitado e a praia estava cheia de pescadores, então resolvemos seguir para o próximo ponto.

A essa altura já estávamos com fome, pois já era umas 14hs, então fomos para a praia Yumaque, onde ficam os restaurantes. Foi a comida mais cara no Peru até agora (65 soles) e não comemos muito bem. Embora saborosa, veio pouca comida e a pessoa que nos atendeu se enrolou demais. Para se ter uma ideia, uma família na mesa ao lado chegou bem depois de nós, almoçou, foi embora e nós ainda não tínhamos sido servidos. O atendimento deixou muito a desejar. Infelizmente não lembro bem o nome do restaurante, é alguma coisa Pilly, acho que tia Pilly. A única coisa realmente legal foi que ficava praticamente dentro da água com uma vista privilegiada.  Essa praia era cheia de pelicanos peruanos, muito lindos. Como eram muitos, o cheiro de cocô era inevitável, mas nada que incomodasse de verdade. Na beiradinha do nosso restaurante, a menos de 3 metros de onde estávamos, ficaram 4 pelicanos o tempo todo, acredito que esperando para ver se ganhavam alguma coisa dos turistas rs.

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Nessa praia vimos muitas pessoas se aventurando dentro do mar. Embora a praia fosse mais calminha, a água continuava sendo muito gelada e da nossa parte foi apenas contemplação mesmo rs. Terminamos o almoço e subimos num alto mirante que tem nesse ponto da Reserva e aproveitamos para tirar algumas fotos.

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De lá partimos para mais um mirante na caminho da praia La Mina e por fim, a cereja do bolo, a praia La Mina. Muitas pessoas acampam nessa praia e a nossa intenção era avaliar a possibilidade de acampar também, mas ao chegar lá descobrimos que as pessoas acampam na areia mesmo e não é possível acessar a areia de carro.

No estacionamento onde deixamos o carro dava para dormir, mas não tinha nenhuma proteção contra o vento e seríamos castigados durante a noite com os ventos fortes que sopram na Reserva. Já na parte da tarde estava ventando muito forte e a nossa barraca não é boa para lugares com muito vento. Além disso, lemos no aplicativo iOverlander sobre outros viajantes que tiveram seus carros arrombados dentro da Reserva e acabamos ficando um pouco receosos.

Passeamos um pouco pela praia e ficamos admirando as pessoas aproveitando um banho de mar. Encontramos alguns conhecidos que estavam no mesmo camping que a gente em Huacachina e eles entraram no mar, mesmo com a água super gelada. O Dani estava com muita vontade, mas ficou só brincando na beiradinha e molhando toda a roupa rs.

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Como não deu certo a ideia de acampar dentro da Reserva, voltamos para a cidade de Paracas e fomos encontrar um lugar para passar a noite.

O Peru não é muito forte em campings, na verdade não encontramos por todos os lugares por onde passamos nenhum camping de verdade. Todas as nossas paradas foram feitas em quintais da casa de alguém ou de hostals, com o mínimo de estrutura possível. Para o Peru reduzimos nossas "exigências" de camping para apenas banho quente e wifi rs. Os preços, no entanto, eram mais camaradas também, algo em torno de 30 a 50 reais.

Aqui em Paracas conseguimos ficar no quintal de um hotel por 50 reais, com direito a usar a piscina, que era muito boa, banho morno e wifi. O lugar era bem bonito e tranquilo.

Ficamos muito surpresos com Paracas, pois encontramos uma cidade bem mais preparada para o turismo, com diversas opções de hospedagem, inclusive hotéis de luxo, e, o mais importante para nós, uma cidade limpa. Temos cruzado com muito lixo pelas estradas por onde estamos passando no Peru, e até mesmo dentro das cidades, e na Reserva Nacional de Paracas encontramos um ambiente super limpo e bem cuidado. Valeu muito a pena conhecê-lo.

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Natany Gomes

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