Puerto Varas, no Chile, fica na região dos lagos e é a vizinha do lado da cidade de Bariloche, na Argentina. Ela é banhada pelo lago Llanquihue e tem como paisagem de fundo o vulcão Osorno.
Muitas pessoas visitam as duas cidades na mesma viagem. Inclusive existe um passeio muito tradicional, chamado Cruze de Los Lagos, que começa em uma das cidades e termina na outra (o passeio é feito nos dois sentidos). Quando é verão, esse passeio é feito num único dia, mas quando é feito no inverno, existe para parada para dormir na cidade de Peulla. Nós sempre tivemos vontade de fazer, mas ficará para uma oportunidade em que não estejamos viajando de carro.
Dessa vez fomos de uma cidade para a outra de carro. A distância entre as duas não é muito grande e no caminho é possível parar na cidade de Frutillar para passear um pouco. A cidade é bem bonitinha e também tem vista para o vulcão Osorno. Infelizmente não pegamos tempo bom quando passamos em Frutillar e não deu para ver muita coisa.
Em Puerto Varas ficamos num camping mais distante da cidade, mas na beira do lago, chamado Niklitschek. O valor do camping era absurdo, pois ele na verdade é considerado um centro de lazer, mas como fomos na baixa temporada e estava vazio, choramos muito e o dono baixou o preço. Vale conversar, pois o lugar é muito bonito.
Aproveitamos nossa ida a cidade para conhecer o famoso vulcão Osorno. Quando fomos visita-lo o tempo estava muito nublado e saímos do camping sem grandes expectativas de avistá-lo. Para nossa surpresa, depois que subimos um bom caminho passamos das nuvens e lá em cima tivemos um lindo dia de sol. Foi muito legal olhar para baixo e ver a quantidade de nuvens, formando um grande tapete. Parecia que estávamos caminhando sobre as nuvens, muito lindo.
Para chegar mais perto do vulcão Osorno existem algumas opções: ir caminhando até o cume, ir caminhando até a base ou subir de teleférico até a base.
Para ir até o cume é necessário se registrar no escritório da CONAF, por questões de segurança. Nós só queríamos ir até a base, então não havia necessidade de registro.
Existem 2 trechos de teleférico, cada um custando 12.000 pesos (R$ 60,00). O primeiro trecho é menos íngreme e dá para fazer caminhando com facilidade. Andamos uns 45 minutos e chegamos até o local de partida do segundo trecho. Esse segundo trecho era mais difícil para fazer a pé, pois a subida era muito longa e íngreme. Mesmo assim, vimos muitas pessoas o fazendo a pé. Para esse trecho optamos por subir de teleférico, e pagamos 12.000 pesos para cada (o Dani não pagou).
Depois que descemos do teleférico, ainda é necessário subir um morro bem íngreme para se chegar mais perto da base do vulcão Osorno. É possível ver 2 monumentos em homenagem a pessoas que morreram lá. Paramos por ali, pois a vista já era magnífica e ficamos contemplando aquela paisagem de nuvens abaixo e o vulcão acima. Valeu muito a pena.
Na volta para Puerto Varas paramos na beira da estrada num lugar chamado BellaVista para tomar uma “once”. Nessa região do Chile é muito comum essa refeição. Eles dividem as refeições do dia em: desayuno (café da manhã), almuerzo (almoço), once (lanchinho da tarde) e cena (jantar).
Pena que o BellaVista estava fechado. Fora da estação somente abre aos fins de semana. O lugar já vale o passeio, pois tem lhamas, ovelhas e tantos outros animais soltos num cenário bem bucólico de frente para o lago. Dizem que é a melhor “once” da cidade e muito bem servida.
Encontramos outro lugar para tomar, o Club Aleman, mas ficamos decepcionados. Poucas opções e o que comemos não foi gostoso. O lugar era muito bonito e charmoso, mas a “once” deixou a desejar. Mesmo assim valeu a pena experimentar.
Natany Gomes