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América do Sul

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Embora o inverno seja a época mais procurada para se visitar Bariloche, fomos no final do verão, já entrando na baixa temporada, e adoramos a cidade e suas paisagens.

A verdade é que nem parecia baixa temporada, pois a cidade estava bem cheia e com o trânsito bem caótico. Ficamos imaginando como deveria ser o trânsito na alta temporada e chegamos à conclusão que Bariloche não é uma cidade para se visitar de carro, especialmente se você pretende fazer os passeios com agências. Não é fácil encontrar lugar para parar o carro e em todos os lugares é necessário pagar estacionamento.

Mas apesar da cidade estar cheia para os nossos padrões, conversamos com moradores de lá que nos falaram que a cidade estava realmente vazia. Sentimos isso também pela dificuldade em encontrar lugar para ficar no primeiro dia. Com exceção de um camping, todos os demais estavam fechados. E esse que estava aberto, o Petunia, era muito caro, algo como 106 reais por dia. Achamos o preço muito alto, considerando que era possível achar hostels por R$ 170 reais.

Ficamos ao todo 4 dias em Bariloche e todos os dias foram de muito sol, o que permitiu que passeássemos bastante.

Os passeios básicos fizemos por nossa conta, como o Circuito Chico, que percorre a orla do lago Nehuel Huapi e que visita os Cerros Otto e Campanário.

Para subir em ambos os cerros era necessário pagar. Para o Cerro Otto custava 250 pesos argentinos (R$ 50,00 reais) e para o Cerro Campanário custava 200 pesos argentinos (R$ 40,00 reais). Em ambos o Dani não paga.

Subimos um bom trecho até o Cerro Otto de carro, e já deu para ter uma ideia da vista lá de cima, então optamos por não subir mais. Para aqueles que vão até o topo, tem uma confeitaria giratória, que é na verdade como um café que fica girando bem devagar e permite que quem está dentro contemple a vista de toda a cidade, fazendo uma volta de 360 graus enquanto toma seu café e come a sua torta. É possível também tirar foto com cães São Bernardos e ainda descer de bondinho.

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Optamos por subir no Cerro Campanário e não nos arrependemos. A subida é por teleférico. Não tem uma grande estrutura lá em cima, apenas uma lanchonete, mas a vista era infinitamente mais bonita. O dia estava bem ensolarado e claro e não sabíamos para que lado olhar, de tão bonita que era a vista para todos os lados.

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Fizemos com agência apenas o passeio de barco para visitar a Isla Victoria e o bosque de Arrayanes. Esse foi um passeio bem caro: 920 pesos argentinos por pessoa, mais taxas portuárias de 300 pesos argentinos por pessoa e mais 110 pesos argentinos pelo estacionamento. Nos custou quase 300 reais por pessoa. O passeio saía às 14:30hs e regressava às 19hs. Foi muito legal, gostamos muito.

Compramos o passeio com a Turisur e  o barco era bem grande, com muitas janelas, inclusive no teto. Como o tempo estava bom ficamos mais do lado de fora, boa parte do tempo lutando para fazer uma gaivota pegar uma bolacha da minha mão. Como estava todo mundo fazendo o mesmo, foi difícil conseguir ser escolhida pela gaivota rs, mas depois de muito ficar com o braço para cima, eis que ela comeu a minha (e o Cris estava distraído e não tirou a foto rs). As gaivotas já estão tão acostumadas a ganhar comida dos barcos que passeiam pelo lago, que ficam seguindo o barco quase todo o percurso, até estarem satisfeitas com os snacks que ganham. Elas até escolhem que bolacha mais lhes agrada rs.

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Passeamos pelo centro também e nas proximidades do paso municipal as ruas são fechadas para os pedestres, o que torna o passeio bem agradável. Fomos a igreja San Carlos de Bariloche, que é muito bonita. Inclusive na hora que fomos estava tendo uma missa e conseguimos dar uma espiadinha na igreja por dentro e era mais linda ainda. Fomos ao final do dia, e vimos a igreja bem no momento do por do sol e já com a iluminação noturna. Que espetáculo!

No Paso Municipal tinha duas pessoas com cachorros São Bernardos para que os turistas tirassem foto. Como eu amo animal, fui correndo passar a mão no cachorro e perguntar quanto era para tirar uma foto. Pensei que eram alguns trocados, mas não. Com revelação, 150 pesos argentinos (R$ 30 reais) e só a foto no celular, 100 pesos argentinos (R$ 20 reais). Como cachorro é cachorro, não importa a raça, achei um cachorro grandão e super manso no cais, dei a ele parte do meu lanche e em troca ele deixou que eu tirasse uma foto com ele fazendo o que eu quisesse (abraçando, beijando, pegando a patinha rs).

Brincadeiras a parte, a foto fica muito bonita com o Paso ao fundo, mas achamos muito caro para o nosso orçamento e deixamos para lá. Nas lojinhas do centro é possível encontrar várias pelúcias de São Bernardo e tentei entender qual a relação entre Bariloche e essa raça de cães, mas não consegui. Se alguém souber, compartilha com a gente, ok?

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Ainda no centro, apreciamos um lindo por do sol numa praia pública, bem próximo ao Paso. O legal é que, embora seja um lago, eles tratam como praia mesmo. As pessoas vão para entrar na água, tem salva vidas durante o dia e tudo mais. São muito corajosos com aquela água fria!

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Por fim, logo depois do lindo pôr do sol, fomos conhecer as famigeradas lojas de chocolate. Como uma amiga tinha me recomendado a Rapa Nui, olhei as outras, mas fui comprar chocolate nessa. A loja é enorme e no fundo tem uma espécie de lanchonete, lotada. É tanta opção de chocolate que fica até difícil decidir. Me contive e escolhi apenas dois e um alfajor. Nesse momento o Cris deixou que eu fosse sozinha para não ficar me apressando, e foi uma delícia passear pela loja. Só fiquei triste que não tinha nenhum chocolatinho para degustação rs!

Ahhhh, sabia que tem Mc Donald's na cidade? No primeiro dia que chegamos, já estava tarde e não achávamos um bom lugar para parar e fazer o nosso almoço e acabamos indo comer lá. O Dani comeu uma "Cajita feliz". Não preciso dizer que o lanche é exatamente igual rs.

Os dias passaram voando e amamos a cidade. Achamos que 4 dias foram suficientes para explorar bem a cidade e seus passeios. Depois passamos mais 2 dias na região de Villa Angostura, que contaremos em mais detalhes em outro post.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

  • Fora das temporadas de verão e de inverno os campings da cidade fecham, com exceção do Petúnia, que é o único que funciona o ano todo.
  • Os campings de Bariloche na verdade são tratados como centros de recreação e tem uma estrutura muito boa, por isso não são baratos. Em Bariloche não se encontra campings apenas para dormir e tomar banho.
  • A oferta de hotéis, pousadas e hostels é muito grande. A hospedagem ao longo da avenida Bustilho é mais nova e mais charmosa e muitos hotéis são de frente para o lago Nehuel Huapi. Todavia, é necessário estar de carro ou gastar com transporte para se locomover, para sair para comer ou passear no centro. Os hotéis do centro, por sua vez, são mais antigos, mas permitem que quem está sem carro se locomova com mais facilidade.
  • Para quem está de carro, é necessário pagar estacionamento na orla e no centro. Você paga adiantado a hora e se precisar de mais tempo, tem que voltar antes do tempo esgotar e comprar mais uma hora. Se comprar mais de uma hora de uma vez, fica mais caro que comprar de uma em uma. A ideia é desestimular a pessoa a permanecer muito tempo. Pagamos 10 pesos argentinos por hora  (R$ 2,00 reais).
  • Para quem já subiu a maior parte do percurso de carro, custa mais 250 pesos argentinos para chegar ao Cerro Otto, com direito a descer de bondinho até a avenida (enquanto uma pessoa desce com o carro). Para subir e descer de bondinho não sabemos o preço, mas deve ser mais caro.
  • Para subir ao cerro Campanário custa 200 pesos argentinos (R$ 40,00 reais) e a subida é feita por teleférico. Não tem uma grande estrutura lá em cima, apenas uma lanchonete, mas a vista é muito mais bonita do que do Cerro Otto.
  • Fizemos o passeio de barco para conhecer Isla Victoria e Bosque de Arrayanes com a Turisur e custou 920 pesos por pessoa (R$ 184 reais), porque fomos de carro até o cais. O traslado até lá custaria mais 210 pesos (R$ 42,00 reais). Fora esses custos, ainda é necessário pagar o estacionamento de 110 pesos (R$ 22,00) e os custos do cais, de 300 pesos por pessoa (R$ 60,00 reais).
  • O combustível é um pouco mais caro que nos outros lugares da Argentina.
  • Existem mercados grandes na cidade, como o Anônima, que conta com estacionamento.
  • Existem outros passeios de barco, inclusive de dia inteiro que vale a pena fazer se tiver mais tempo na cidade e estiver com um pouco mais de dinheiro.
  • Tem um passeio muito famoso na região, chamado Cruze de los Lagos, que vai de Bariloche, na Argentina até Puerto Varas, no Chile (ou vice-versa). Esse passeio é muito lindo. No inverno existe uma parada para dormir na cidade de Peulla. No verão apenas passam pela cidade. Não fizemos porque iríamos de carro para Puerto Varas em seguida. Esse passeio é uma oportunidade para conhecer as duas cidades, que valem muito a visita.
  • Chegamos em Bariloche pela Rota 40 e não tem pedágio. A estrada está em excelente estado.

Natany Gomes

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