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O Uruguai foi o primeiro país que visitamos depois que saímos do Brasil. Cruzamos a fronteira pelo Chui e foi muito tranquilo.

Aqui vale um rápido adendo para comentar algo sobre o Chuí. Sempre ouvi falar que o Brasil ia do Oiapoque ao Chuí e confesso que tinha muita curiosidade para saber como eram essas duas cidades. Imaginava que elas deveriam explorar turisticamente essa questão de alguma forma, talvez com um marco onde os turistas tirassem fotos e registrassem sua presença nesses pontos mais extremos do país, como muitas outras cidades azem com os seus marcos. O que vi no Chuí, no entanto, foi algo totalmente diferente. Não vimos nada turístico na região, apenas uma cidade voltada para o comércio. As ruas são lotadas de lojas de todos os tipos, existe grande aglomeração de pessoas e o trânsito é bem caótico. De um lado da avenida principal  é o Brasil, e do outro lado é o Uruguai. Do lado uruguaio tem diversas lojas duty free e casas de câmbio. Não é muito diferente da 25 de Março, em São Paulo.

Conversamos com o dono do camping onde ficamos, e ele nos disse que quando era mais jovem (uns 20 anos atrás) não existia nada do lado brasileiro do Chuí, então tudo que os brasileiros precisavam fazer, resolver, ou até mesmo entretenimento, como cinemas etc, era feito do lado do Uruguai. Esse senhor, inclusive, mal falava o português, mesmo sendo brasileiro. É interessante essa mescla linguística e até mesmo cultural que existe nas regiões fonteiriças.

Bom, voltando a nossa ida para o Uruguai. Passamos pela Polícia Federal do Brasil e pela Aduana  do Uruguai, onde nosso passaporte recebeu o carimbo de entrada. Vale lembrar que não é necessario passaporte para entrar no Uruguai, apenas o RG com menos de 10 anos da data de emissão. Usamos o passaporte, pois queremos deixar registrado todos os países por onde passaremos na nossa volta ao mundo.

Depois que o passaporte foi carimbado, o próximo passo seria passar o carro por uma inspeção, mas o fiscal nos liberou. Nem a carta verde foi solicitada nesse momento. Assim, todo o trâmite para entrar no Uruguai levou menos de uma hora e saímos de lá contentes para a nossa primeira parada a 35 quilômetros da fronteira: o Parque Nacional Santa Teresa.

O parque é muito lindo e bem cuidado. São mais de 3.000 hectares, com 4 grandes praias, mais de 60 quilômetros de trilhas, áreas para acampamento (com e sem água e luz) e um lindo roseiral com mais de 300 espécies. Tem também a Fortaleza de Santa Teresa dentro do parque, que para nós foi a cereja do bolo, de tão bonita.

A entrada do parque é gratuita e tem tantos lugares para conhecer dentro dele que um dia inteiro é o mínimo para ficar lá. Para quem não dispõe de muito tempo, recomenda-se estar de carro, pois as distâncias entre um lugar e outro são grandes. Caso tenha tempo e queira acampar, dá para fazer várias trilhas dentro do parque. O valor para camping dentro do parque é baixo, dá aproximadamente 20 reais por pessoa.

Nossa primeira parada foi a Playa Grande, uma das 4 praias que fica dentro do parque. Ela é deserta e o mar agitado.  Não diria que é boa para o banho (me pareceu um pouco perigosa), mas é linda para passear. Para banho, a melhor opção é a praia Las Achiras, que tem o mar mais calmo.

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Depois visitamos o invernáculo e os jardins ao seu redor. O invernáculo é uma estufa com plantas exóticas de diversos lugares do mundo. É realmente muito bonito. Vimos também o roseiral, que é um corredor do jardim com muitas espécies diferentes de rosas (dizem que aproximadamente 330, eu não contei rs). Depois passeamos pelas passarelas, que permitem observar toda a flora e fauna rica do parque. Nesse momento vimos um pássaro grande engolindo uma cobra. Perguntamos para um rapaz que trabalha no parque que pássaro era aquele e ele nos disse que era um flamingo. Sei não, ele não era rosa rs.

 

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Dali visitamos também a Fortaleza de Santa Teresa. Para entrar nela é necessário pagar cerca de 5 reais por pessoa. Vale bastante o passeio. As construções de pedra, o gramado verdinho  e o visual de lá de cima são muito legais. O Dani ficou brincando de dar cambalhota desde lá de cima até chegar na parte de baixo rs. É impressionante a grossura dos muros! Tem um museu cheio de objetos interessantes. O Dani ficou impressionado com as armas da época (ele até mencionou todo eufórico que uma das armas era igual a do Pato Donalds rs) e com o tipo de chave usada nos cofres. Eu gostei das fotos dos uniformes dos soldados, algumas estilosas demais rsrsrs.

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Embora o tempo não estivesse favorável, pois ficou nublado a maior parte do dia, gostamos muito do parque. Acredito que a visita num dia de sol deva ser muito mais legal, pois a paisagem adquire outra cor.

Natany Gomes

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